algo sério
Começo por dizer que hoje resolvi escrever sobre algo sério… bem, pelo menos para mim!
Ao acordar bem cedinho e ao ir beber o meu café, sem o qual não consigo despertar para o mundo, encontrei uma criança dos seus 11-12 anos que me veio pedir uma moeda! Infelizmente é algo usual por estas bandas (e por todas…), mas aquilo que me despertou mais à atenção foi que na vez de pedir a moeda para comer, jogar ou sei lá mais o que, me disse que precisava do dinheiro para a escola!
Não sei se é verdade ou não, no entanto fui incapaz de recusar…
E este incidente deixou-me a pensar!
Vivemos num Estado de Providência e temos aquilo a que se chama de Direitos – Crédito (direitos ditos sociais). O Estado “obriga” a ir à escola e se alguém não tiver possibilidade monetária para o fazer o Estado (através da contribuição de toda a sociedade - impostos) terá de disponibilizar recursos económicos para que efectivamente se possa frequentar a escolaridade obrigatória!
Esta ideia é óptima, mas a minha questão é se verdadeiramente funciona para todos os que realmente precisam.
E aqui estou a entrar em terreno escorregadio, porque aquilo que me parece é que as oportunidades de educação ainda não estão acessíveis a todos!
Senão vejamos:
Para estudar, não basta estar sentado numa sala de aula a ouvir um professor, precisamos de canetas, lápis, borracha, pelo menos um caderno, manuais escolares… e a questão aqui é se todos os meninos têm tudo isto à disposição!
Sei que as escolas providenciam algumas destas coisas, mas continuo a questionar se chegará mesmo a todos os que precisam…
E tenho de admitir que quanto mais penso nisto, mais incomodada fico!
Sei que é uma bola de neve e ligada a esta questão existem muitas outras, como a pobreza, trabalho infantil, exclusão social, um conjunto de condicionantes que fomentam esta realidade…
E talvez esteja a ser bastante ingénua, mas algures as coisas vão ter de mudar!
Só não sei quando…
Vizinho permuta-se!
Vivemos numa época em que está em voga a arte de permutar!
Mais tarde ou mais cedo todos acabam por querer permutar algo…
Senão vejamos:
Os professores permutam de escolas, em contrapartida os alunos permutam de cursos, os funcionários públicos trocam de ministérios, é um sem fim de permutar, afinal todos temos algo que gostaríamos de ver trocado de lugar!
E este é o motivo que hoje me traz cá.
Eu tenho para permutar o meu vizinho!
É que já não há quem aguente e eu até me considero bem paciente!
Mas tenho de confessar: o meu vizinho é um chato!
Acreditem que é mesmo, e não digo isto de ânimo leve, nada disso, tenho até inúmeras provas que podem corroborar tal facto!
Desde ouvir música ofensiva para os ouvidos dos comuns mortais, acima dos muitos decibéis aceitáveis (menos dele, está claro!), chatear os vizinhos do andar de cima (pelo simples facto de se moverem pela casa), até cantar à porta da entrada…
ai…
Mas o pior é que insiste em entregar-me a minha correspondência (que por engano vai parar à sua caixa do correio) em mão!
E insiste… por mais que eu lhe diga que não vale a pena… ele insiste…
E o que podia ser um simples acto de boa vizinhança torna-se um tormento…
Neste momento poderão estar a pensar porque não permutar de casa?
Passo a explicar: é que eu gosto mesmo do meu lar e esse não queria de forma nenhuma trocar…
Por este motivo rogo a que se houver um leitor incauto deste blog que tenha algum problema auditivo e não se importe de trocar de vizinho…
Cá em casa agradece-se!
É que o meu vizinho é mesmo um chato!