Tou Farta!
Ontem estive numa conferência sobre pescas, mar e afins...
Mais uma ... aliás há coisa de uns tempos viraram autênticos encontros sociais, as pessoas são sempre as mesmas, as apresentações também, os slides em powerpoint idem ... nada muda!
E é ai que está o problema ...nada muda e nada se faz!
Faz lembrar a máxima, tão conhecida por todos: de que se fala, fala... mas não se faz nada!
A guerra é sempre entre os mesmos, os investigadores, que são considerados pessimistas e os grandes armadores que exploram o recurso, os eternos optimistas! Para uns há peixe a menos e para os outros até há demais...
Agora pergunto eu, se ninguém se consegue entender dentro de uma sala com poucos m2, (os armadores nem chegam a tentar!) pois cada um puxa a brasa à sua sardinha, como se podem defender os direitos de um país, fora deste e perante a comunidade europeia???
Desta vez venho mesmo chateada!
Estou em investigação por paixão e sinceramente começo a ficar farta da inércia que rodeia este meio!
As conferências são muito importantes e por isso defendo que se façam muitas, mas envolvam a comunidade, chamem o “ti Zé” que é mestre dos tresmalhos e cresceu no mar e a “ti Maria” que é peixeira e sabe como ninguém, o que é deixar alguém de que se gosta, desafiar diariamente o mar, correndo o risco de não voltar!
Eu bem tento berrar, mas sinceramente começo a achar que me ouvem melhor se gritar dentro de água...
Vale o fabuloso cafézinho e bolinhos que são sempre servidos nestes acontecimentos ... ao menos as pessoas que servem tal iguaria, são diferentes...
Valha-me ao menos isso!
Mais uma ... aliás há coisa de uns tempos viraram autênticos encontros sociais, as pessoas são sempre as mesmas, as apresentações também, os slides em powerpoint idem ... nada muda!
E é ai que está o problema ...nada muda e nada se faz!
Faz lembrar a máxima, tão conhecida por todos: de que se fala, fala... mas não se faz nada!
A guerra é sempre entre os mesmos, os investigadores, que são considerados pessimistas e os grandes armadores que exploram o recurso, os eternos optimistas! Para uns há peixe a menos e para os outros até há demais...
Agora pergunto eu, se ninguém se consegue entender dentro de uma sala com poucos m2, (os armadores nem chegam a tentar!) pois cada um puxa a brasa à sua sardinha, como se podem defender os direitos de um país, fora deste e perante a comunidade europeia???
Desta vez venho mesmo chateada!
Estou em investigação por paixão e sinceramente começo a ficar farta da inércia que rodeia este meio!
As conferências são muito importantes e por isso defendo que se façam muitas, mas envolvam a comunidade, chamem o “ti Zé” que é mestre dos tresmalhos e cresceu no mar e a “ti Maria” que é peixeira e sabe como ninguém, o que é deixar alguém de que se gosta, desafiar diariamente o mar, correndo o risco de não voltar!
Eu bem tento berrar, mas sinceramente começo a achar que me ouvem melhor se gritar dentro de água...
Vale o fabuloso cafézinho e bolinhos que são sempre servidos nestes acontecimentos ... ao menos as pessoas que servem tal iguaria, são diferentes...
Valha-me ao menos isso!
3 Comments:
ora pois bem...
Parece-me a mim q voçês teem muita razão!
Parece-me também que não se deve ficar chateada e por cá pra dentro, é botar tudo cá pra fora!!!
Parece-me que ás vezes resulta e outras não!
Pois é meninas mas não há alternativa! Temos que nos chatear!
E enquanto investigadora, se conseguir lá chegar e se me aguentar, farei o meu melhor em fazer pontes! sim pontes! eliminar o elitismo dos doutores, e realçar a importancia do ti manel e ti maria.
Tá dito! tá dito!
Pois é assim: eu sou biologo professor e neste momento tenho 2 turmas de oitavo ano que vou levar à doca-pesca de sesimbra. A ideia é aproximá-los do contexto da diminuição dos recursos marinhos. Será que na doca-pesca é possível "puxar" esse tema? Pq estou a ver que vamos todos lá ver peixinhos e podemos sair de lá com a sensação de que está tudo bem. Haverá lá gente a quem fazer as perguntas certas sobre se pescam menos, mais, etc...
Blog sobre um tema interessante, este. Beijinhos
Olá Rui :) espero que a minha resposta ainda vá a tempo... não tenho vindo até este mundo da blogosfera!
Não conheço a lota de Sesimbra, porque trabalho na região centro e as lotas com as quais tenho contacto directo são as da Figueira da Foz e de Aveiro. Mas sei que a lota de Sesimbra tem desembarques provenientes da pesca artesanal, que ao utilizar uma grande variedade de artes e métodos de pesca captura uma grande variedade de peixes.
Por este motivo, concordo contigo quando dizes que vais encontrar muitos peixinhos...
Nesta lota existe também uma frota de cerco cujos desembarques são constituídos por sardinha. Penso que tu e os teus alunos vão gostar de ver, porque é uma arte interessante.
Uma vez que queres focar a temática da exploração dos recursos, e a sua consequente diminuição, acho que deves falar com os mestres das embarcações. Os pescadores são bons “conversadores “ (acho que acabei de inventar uma palavra :)) e ao contarem as suas aventuras e desventuras vão com certeza dizer-te que as coisas mudaram... alguns vão dizer-te que há muito peixe outros que não! A única certeza que tenho é que se vão queixar do preço do pescado :), e com a devida razão, porque o vendem muito barato e mais tarde nós como consumidores compramos muito caro!
Deves também falar com as pessoas que trabalham na lota, por exemplo com o encarregado ou com a pessoa que está a registar o pescado (junto da balança) que as embarcações trazem. Normalmente trabalham na lota já à bastante tempo e vão confirmar que a quantidade de pescado tem diminuído, vais ouvir a expressão.... “ isto antigamente é que era...”!
Não sei se o que acabei de escrever de algum modo te poderá ser útil, mas se entretanto precisares de mais alguma coisa (bibliografia, etc.) sobre o tema avisa!
Obrigada pelas palavras simpáticas ao blog :).
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